quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

pra virar canção, pra virar samba



Se a gente inventar um novo jeito de gostar, não sou eu quem vai dizer adeus
Cada despedida é um lamento
Tanto pra guardar
Qualquer pedaço, eu tô querendo
Qualquer acordo pra não te deixar.


Se a gente vai inventar um novo jeito de gostar, não sou eu quem vai dizer adeus
Cada despedida é um lamento
Se eu não quero andar
Qualquer contrato, eu tô revendo
Qualquer maneira de você ficar aqui


Se eu pudesse transformar o que você sente por mim
Se eu pudesse refazer o que foi erro, consertar o que não vejo, eu faria, eu diria, qualquer coisa, todo dia, eu faria


Se a gente vai encontrar um novo jeito de gostar, não sou eu quem vai dizer adeus
Toda despedida é um lamento.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

pérolas ao deus dará

te amo de manhã de tarde de dia. te amo de madrugada. te amo no despertar da noite, no infinito silêncio. te amo na hora em que não devo, na noite sozinha, diante da janela. te amo na dança que danço com outro, com outros, no copo de cachaça, no exercício, no fôlego, no medo, no peito que aperta, o tempo inteiro. te amo de olhos fechados, de olhos abertos, com medo, com sono. te amo preenchendo o fiozinho que nos distancia, e como distancia. te amo na sua ausência, no meu silêncio, no medo de te perder, a cada instante. te amo na hora em que você telefona pra ela, na hora em que você não me telefona, te amo na conversa atravessada, na preguiça, no telegrama que você não respondeu, no seu erro de português. te amo na saúde, na doença, na dor de cabeça, no susto, no sonho, sobretudo no sonho. te amo nas conversas ensaiadas durante o banho, te amo nos dias tristes, sobretudo nos dias alegres. te amo sozinha, sem medo, com medo, na melodia já gasta de poesia e música, no improviso, na decisão. te amo na separação. te amo no sim, no não. te amo na sua certeza, na minha certeza, na minha coragem, na sua dureza.