sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

E venta...


Guardou o livro dentro da bolsa.
O mesmo livro que ela também estava lendo.
Cantou sua canção preferida.
A mesma que ela também cantava naquele dia.
Pensou em rever o filme que mais gostava.
O mesmo filme que ela também disse que adorava.
E disse sim sozinho no meio da rua
quando ventou forte dançando as folhas das pitangueiras.
Mesmo que não houvessem pitangueiras naquela cidade, naquele país.
No seu país havia o vento, as pitangueiras e outras palavras
que eram deles.
Eles, ele e ela, Ela.
A palavra Ela dentro do nome dela
e dentro do nome dele um diamante.

Ele esperava encontrá-la na rua e disse isso pra ela.
Ela disse que sempre esteve lá. Com ele.
E de fato estava.

Um comentário:

  1. "como é verdadeiro o diamante que você me deu."
    Caetano sabe bem das palavras.

    Seu texto me fez sorrir, louiz!

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