queria que me enviasse flores, como também me telefonasse de madrugada pra dizer qualquer coisa. queria que me contasse uma estória bonita, ou uma estória feia, podendo decidir você, sem pressões, o que pode ser considerado uma estória e o que pode não ser. queria que tivesse sensibilidade pra entender as palavras e tratá-las com delicadeza (não pra decifrá-las). queria que tivesse cuidado, o cuidado de quem agarra nas mãos um instante ínfimo, um desejo-fulgor, uma espera. queria que tivesse menos medo, menos peso, e que pudesse andar pelos dias como numa sinfonia de carnaval, leve, gasto, de braços abertos pro que der e vier. queria sua mão junto à minha, não prometendo o eterno, mas dando conforto, como quem diz sem precisar gastar a voz: "agora, exatamente agora, eu estou aqui."
quinta-feira, 3 de março de 2011
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