Se vivêssemos numa tragédia, eu teria acabado de cometer a desmedida. Falo daquele ato que ultrapassa um limite muito particular, o instante definitivo, algo que, uma vez rompido - ou ultrapassado - transforma tudo e de vez. É como se a partir dessa linha rompida, ou desmedida violada, nada mais pudesse ser visto como antes. É como se os Deuses, ou as forças maiores, ao perceberem a minha violação, me dissessem imediatamente e sem perdão: "viverá as conseqüências dessa atitude, senhorita."
Vivo então a transformação da minha figura trágica, ou dramática, do limite que me relembra do lugar que ocupo e jamais saí: lugar de mera mortal (perdão, Deuses!), lugar de mera mulher.
My darling, oh my darling, desmedi-me. E agora? Pra onde vamos?
É como nos diz Riobaldo no Grande Sertão: Veredas: "Viver é negócio muito perigoso".
ResponderExcluirhamartia!
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